sábado, 10 de dezembro de 2011

2011 chegando ao fim, 2012 nascendo...



Hoje dia 10 de dezembro, posso parar um pouco nesse tempo corrido, que nos "consome", que nos faz produzir exacerbadamente, para olhar o ano que está se findando... quantas corridas, quantos acontecimentos, dificuldades, novidades, e que hoje já não são. Sei que 2011 para mim foi um ano de renascimento em alguns aspectos, despredimento de outros, pois essa corrida da vida nos obriga a priorizar sempre.

Tomei uma decisão, quero mais tempo. Mais tempo para mim, estar comigo, cuidar de mim, para a família, os amigos, pois em 2011, percebi que cuidei de trabalho, atividades extras, mais claro sempre o TRABALHO ocupa mais tempo de nós do que gostaríamos. Decidi que quero tempo, decidi que quero observar a natureza com calma, inspirar com calma, sem pressa, sem olhar o relógio... isso acaba nos matando. Matando o ânimo, matando o entusiasmo para algumas coisas, a vontade que dá é ficar "parada", entrar em um casulo só para "achar" que o tempo parou, nem que sejá por um minuto, ter a sensação que posso ficar sem relógio e celular, agora... nada mais importa, apenas a paz.

Creio que muitas pessoas gostam de estar todo o tempo em movimento, porém vejo que como já é sabido, há tempo para tudo, inclusive para parar. Parar de correr contra o relógio, parar de sair de casa sem tomar café da manhã, parar de ocupar todos os espaços da agenda, porque ainda tem vaga para alguma atividade.

É sempre importante avaliarmos como vivemos nossos dias, nosso ano, o que fizemos e não fizemos, mas gostaríamos de fazer. A vida é uma dádiva preciosa que Deus nos concede a cada minuto do dia, e cabe a nós administrar esses minutos, e tentar, por mais difícil que seja: PARAR.

2012 iniciará daqui a 21 dias e a vida sempre é composta por decisões diárias, decidimos acordar, levantar da cama, tomar banho, comer, sair ou não, produzir, ou não, passear ou não, ler aquele livro que parei na metade ou não, ligar para os amigos ou não, falar com a família ou não, escutar canções ou não, assistir filmes, espetáculos de circo, teatro, televisão, cozinhar, acessar o "facebook", o email, o blog, conversar com alguém, lavar roupas, rever fotografias, lembrar de momentos vividos, sair com amigos, encontrá-los, se alegrar e renovar os assuntos, ir à praia, ir à igreja, ao trabalho, ao shopping, a praça do bairro, escrever canções, reflexões, ideias, usufruir da companhia da pessoa amada, de seus carinhos e atenção, dar atenção também, entre muitas outras coisas que temos que decidir na vida. Eu quero tudo isso, mas nem sempre dá TEMPO, entretanto em 2012 pretendo administrar minha agenda com tudo que desejo fazer, pois amanhã pode não dar TEMPO de novo...

Que tenhamos um NATAL certos que o nosso nsacimento é necessário com Cristo, que nasceu e nasce a cada dia em muitos corações, que experimentemos a PAZ verdadeira, a ALEGRIA pura e simples de estarmos vivendo bem e com quem amamos!

Que 2012 iniciemos os projeto idealizados, sonhados e almejados, com equilíbrio, sabedoria, CALMA, PAZ, e sossego.

Luana Abali

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Massa: Misticismo e Mitificação



Um pouco de uma mestra que marcou minha graduação... nunca a esquecerei!

Gilda Korff Dieguez

"Um dos dilemas do pensamento moderno é exatamente o situar-se diante da massa: ignorá-la é impossível; aceitá-la significa a autodestruição. Não sabendo como resolver o impasse, apela-se para o triunfalismo ou a resignação. Comumente, os dois elementos aparecem juntos, trazendo, no estatuto ambíguo de sua constituição, a celebração das carências e de uma angústia não resolvida. Parece haver uma obsessiva necessidade do discurso, uma exibição vulgar e vazia da linguagem, uma prática apelativa do grito, demonstrando a perda da referencialidade. A denominada "elite intelectual" tenta, após a constatação da importância do tema para o século XX, articular um pensamento que dê conta, simultaneamente, do conhecimento e do reconhecimento. São discutidos os modelos, estruturas, efeitos, esquecendo-se do principal: a palavra continua sendo privilégio de uma minoria, que determina, literalmente, qual deverá ser a "palavra de ordem". A massa, mesmo, não fala: é falada.

Alguns discursos articulados insistem em se associar à massa de forma declarada; outros, mais puritanos, aparentemente fingem não estabelecer a relação. Querendo ou não, a denúncia de Orwell em 1984 já é uma realidade: mentes "gramofônicas" cada vez mais diminuem a amplitude do pensamento, trazendo a passividade para incapacitar um possível questionamento do poder. As falas proliferam, "duplipensantes"1, na suposta ordenação do mundo, em nome de uma democratização do saber; falta, porém, o principal: de nada serve o discurso se ele não ordena o sentido, só existente no resgate da historicidade concatenada. E, sem o sentido, o homem torna-se presa fácil do poder e da linguagem, posto que esta o reforça.

Querendo ou não, as falas, hoje, são contaminadas pelas estratégias de marketing. Acirrados debates e discussões sobre vantagens e inconvenientes deste ou daquele argumento vão-se tornando cada vez mais sofisticados e periféricos, piorando a situação das consciências confusas. A condição do homem moderno passa por uma crise situada, principalmente, na ordem da linguagem, fruto de uma perda da dimensão ética. Sabemos o quanto o capitalismo é incompatível com a mesma ética. No entanto, em nome do combate ao sistema, as tendências reproduzem o modelo: ou banalizam as coisas mais sérias, ou supervalorizam detalhes sem maior importância. A discussão sobre o "pós-moderno" já indicia, no seu "vale-tudo", um igualitarismo do "duplipensar": não há diferenças, mas parece haver diferentes. E, atuando em similaridade ao sistema da moda, os intelectuais permitem que peças e peças sejam superpostas, camada por camada, de modo a nada mais aparecer, senão a roupa.

Não nos compete resolver questões do pensamento moderno, pois tal gesto seria, no mínimo, pretensioso e incompatível com o espaço a que se destina o presente ensaio. A proposta, aqui formulada, é tímida, movida pela provocação e vontade de "entrar no jogo". Qualquer leitor astuto perceberá haver, ao longo das publicações da revista Cadernos, uma nítida preocupação dos textos em torno de questões básicas à reflexão sobre o poder, em um pólo, e a massa, em outro. Cada qual a seu modo contribui para lançar indagações sobre a relação entre o saber e a realidade de um mundo que parece nada querer saber. Preocupa-nos uma certa tendência, marcante, em fazer da massa um argumento para justificar o poder. Por outro lado, a prática da persuasão é forte e insistente, fazendo crer no sem-saída e numa certa apatia do homem comum, face ao problema.

Afinal, o que é a massa?"

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Outras dicas para uma boa redação!


Conforme venho compartilhando, vejam outras dicas interessantes para essas situações:

QUANDO NÃO SE DOMINA O TEMA
Compreensão é o primeiro passo: faça o plano de redação para ajudá-lo. (Formular perguntas sobre o assunto, listas argumentos, causas, soluções, conseqüências) “Questionar é o início do aprendizado”.

QUANDO NÃO SOUBER O QUE DIZER

1. Leia com atenção a proposta de redação;
2. Faça o plano/ esquema de redação já falado, que irá te ajudar, tente ligar a idéia central com sua realidade, ou com a sociedade atual;
3. Ligando essas idéias e suas lembranças, podem ser até mesmo experiências suas, ou observações que já fez em sua vida, exemplifique as idéias com essas lembranças, porém sem se expor, escrevendo de forma impessoal.

Um pouco de Tipologia Textual.

Dentre os tipos de textos, os mais mencionados são:

TEXTO DISSERTATIVO: Desenvolvimento de ideias, de juízos, de pensamentos, de raciocínio sobre um assunto ou tema. Quase sempre os textos querem literários, quer científicos, não se limitam a ser puramente descritivos, narrativos ou dissertativos.
Ex: “É imprescindível que a leitura no Brasil seja estimulada desde a infância e que o sistema de ensino sofra uma revisão”.

TEXTO DESCRITIVO: Descrever é retratar um objeto, um personagem, um ambiente. A descrição encara um ou vários objetivos, um ou vários personagens, uma ou várias ações, em um determinado momento, em um mesmo instante e em uma fração da linha cronológica. É a foto de um instante.
Ex: “Era o Senhor Lemos um velho de pequena estatura, não muito gordo, mas rolho e bojudo como um vaso chinês”.

TEXTO NARRATIVO: Narrar é contar uma história. A Narração é uma sequência de ações que se desenrolam na linha do tempo, umas após outras.
Ex: “Passadas já muitas horas, o bandido põe em prática um novo plano: tentar sair do ônibus com a sua refém”.

domingo, 8 de maio de 2011

IMPORTANTE PARA UM BOM TEXTO: COESÃO E COERÊNCIA.

COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL

COESÃO:
É A RELAÇÃO ENTRE OS ELEMENTOS, RECURSOS GRAMATICAIS DA LÍNGUA (estruturas de ligação, pronomes, conjunções, etc.), BEM APLICADOS NO TEXTO, COM ARGUMENTOS CONSISTENTES PARA ALCANÇAR A COERÊNCIA.

ALGUNS RECURSOS COESIVOS:

• PARA INÍCIO DE PARÁGRAFOS NO DESENVOLVIMENTO DO TEXTO PODE-SE USAR: “Nessa perspectiva”, “Diante desse quadro”, “Em vista disso”, “Nesse aspecto”, “A partir dessas considerações”, ”Por isso”, “No entanto”, ”Mesmo assim”, entre outros.
• PARA INICIAR O PARÁGRAFO CONCLUSIVO PODE-SE USAR: “Dito isso”, “Dessa forma”, “Portanto”, “Sendo Assim”, “Diante do que foi exposto”, “Em vista do que foi discutido”, “Por fim”, “Com isso”, etc.
• IMPORTANTE: NÃO REPETIR PALAVRAS, SUBISTITUA POR SINÔMINOS.
• CONHECER BEM OS ELEMENTOS GRAMATICAIS:
CONJUÇÕES: E, nem, mas, porém, contudo, no entanto, entretanto, todavia, embora, portanto, logo, pois, por conseguinte, por isso, assim, então, que porque, porquanto, etc.;
PRONOMES DEMONSTRATIVOS: Este, esse, esta, essa, isso, isto, etc.;
PRONOMES RELATIVOS: o qual, os quais, a qual, as quais, quanto, quantos, quantas, cujo, cuja, cujos, cujas, que, quem, onde;
PREPOSIÇÕES: De, a, com, em, por, para, sobre, entre, sob, após, desde, perante, até, trás, (Pronome + preposição: deste, desta, disto, neste, nesta, nesse, nisso, nisto, desse, dessa, etc.)

COERÊNCIA: CONFIGURAÇÃO DAS IDÉIAS E CONCEITOS QUE DÃO SENTIDO AO TEXTO, OU SEJA, O QUE QUIS DIZER O TEXTO, ISTO SE INSERE NO CONTEXTO.

PARA IDENTIFICAR SE SEU TEXTO ESTÁ COERENTE RELEIA-O, PENSANDO QUE OUTRA PESSOA O ESTÁ LENDO, VEJA SE ESTÁ CLARO E OBJETIVO.

FIQUE LIGADO PARA QUE CONQUISTE UM TEXTO EXCELENTE!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Dicas para uma boa redação - A língua na forma escrita requer cuidados...

“Ninguém é capaz de escrever bem, se não sabe bem o que vai escrever.”
Mattoso Camara


NOS DIAS DE HOJE, A COMUNICAÇÃO É INTENSA E VELOZ. PORÉM, EM MUITOS MOMENTOS NOS DEPARAMOS COM SITUAÇÕES NAS QUAIS TEMOS QUE REDIGIR SOBRE ALGUM ASSUNTO OU TEMA, E SOMOS AVALIADOS POR ISSO. POR ESTE MOTIVO, COMPARTILHO AQUI ALGUMAS DICAS BÁSICAS QUE PASSO AOS MEUS ALUNOS. ESPERO QUE LHE AJUDE!

Passo 1. LENDO A PROPOSTA DE REDAÇÃO
• É muito importante entender o que o enunciado está propondo como tema para a redação, caso contrário de nada adiantará um bom texto.

1.1 SUBLINHE AS PALAVRAS COM MAOIR CARGA DE SIGNIFICADO NO ENUNCIADO;
1.2 PROCURE TRADUZIR A PROPOSTA CENTRAL SUBLINHADA;
1.3 SUBSTITUA PALAVRAS COMPLEXAS POR EQUILVALENTES, MAIS FAMILIARES;
1.4 ATIVE TODO CONHECIMENTO ANTERIOR QUE VOCÊ LEMBRA SOBRE O TEMA;
1.5 ELABORE UM PLANO DE REDAÇÃO, PAUTADO NO CENTRO DA QUESTÃO APRESENTADA.

Passo 2. ESQUEMA OU PLANO DE REDAÇÃO
2.1 ESCOLHER UM ASPÉCTO, ÂNGULO DO TEMA/ ASSUNTO
2.2 FORMULAR UMA PERGUNTA SOBRE O ASSUNTO
2.3 ESCREVER TÓPICOS DE EXPOSIÇÃO (expressões, ideias rápidas, causas, conseqüências, argumentos)
2.4 ELABORAR PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO, SOLUÇÕES

• O esquema tem a finalidade de ser o ponto de referência para a elaboração do texto, podendo sofrer alterações ao decorrer da criação.
• Uma redação completa surge assim da revisão, muitas vezes feita do rascunho.


Passo 3. ESTRUTURA DA REDAÇÃO
3.1.1 INTRODUÇÃO – Prévia sobre o que se desenvolverá no texto, resumo das idéias que serão defendidas no desenvolvimento da redação.
3.1.2 DESENVOLVIMENTO – Argumentos ou exposições das ideias sobre o assunto
3.1.3 DESFECHO OU CONCLUSÃO – Resumo do pensamento central, consolidando as idéias desenvolvidas. (É a última impressão deixada pelo redator, portanto deve ser primorosa, deve-se ler e reler)

* Nunca esqueça de revisar seu texto ao terminar, leia com olhar crítico, tanto nas questões gramaticais como nas questões de coerência e coesão textual.


DICA. O QUE AS BANCAS CONDENAM:
• Caligrafia ruim ou ilegível;
• Fuga ao gênero proposto;
• Uso de primeira pessoa do singular ou plural (Eu penso, eu acho, eu acredito, ou acreditamos, etc.)
• Redações em versos, jogos visuais com palavras ou frases, piadinhas, onomatopéias, desenhos, página em branco, gírias, etc.;
• Colagem de textos alheios, em que o candidato copia e mistura em certa ordem frases pinçadas da coletânea com suas próprias frases.

terça-feira, 5 de abril de 2011

CORTAR O TEMPO (CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)



Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.


Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.



Drummond já em sua época observava, refletia em como o tempo é consumido em nossa sociedade. Somos submetidos ao calendário, ao cronograma que "organiza" nossa vida.

Nossas rotinas, nossos dias são muitas vezes: trabalho, trabalho, trabalho, quando não TV, TV, TV... O cansaço ocorre, a alienação é uma ênfase social, o pensar está extinto... Leituras... hoje em dia, só sobre esportes, fofocas, reality shows, quando não sobre o crime "organizado", "autorizado".

Entra ano, acaba ano e a sensação é que o tempo fica insuficiente, mas o concreto é que o preenchimento do tempo é que está mais que suficiente, deixando-nos com o tempo cortadinho em míseros pedaços insuficientes para a necessidade do tempo atual. Tempos "cortados", tempos dilacerados...

Luana Abali.